terça-feira, 2 de novembro de 2010

Farmácias começam a reter receita de antibiótico a partir do dia 28/11/2010

Farmácias e drogarias vão passar a exigir receita médica na compra de antibióticos a partir do próximo dia 28. Segundo determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ao prescrever esse tipo de remédio, o médico deve emitir duas receitas, uma deve ficar retida na farmácia no momento da compra do medicamento. O estabelecimento que desrespeitar a norma pode ser punido com multa, advertência ou até mesmo ser fechado e ter o alvará de funcionamento cassado. No caso de aplicação de multa, esta pode variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.

A regularização da Anvisa quer restringir o uso de antibióticos e permitir que o paciente só faça uso de medicamentos sob estrita prescrição de médicos, únicos profissionais capacitados e habilitados para diagnosticar e determinar a adoção de procedimentos para o tratamento de pacientes.

As embalagens e bulas também terão que mudar e incluir a seguinte frase: “Venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção da receita”. As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos que têm uso exclusivo no ambiente hospitalar.

O presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM/PB), João Medeiros Filho, alerta a população para a importância da prescrição médica. “O uso inadequado de antibióticos favorece as superbactérias e prejudica a saúde do usuário”, afirmou. Explicou ainda que quando um paciente interrompe o tratamento acaba contribuindo para tornar sem efeitos os medicamentos. “Ele consegue eliminar 80% a 90% das bactérias, mas ficam as resistentes ao antibiótico. Da próxima vez que tiver a doença, o antibiótico não vai mais servir e terá que usar outro”, explicou.

Os cuidados com higiene devem ser seguidos por usuários e profisssionais de saúde presentes em hospitais. Para os visitantes ou acompanhantes de pacientes, o CFM recomenda lavar bem as mãos com água e sabão, antes de tocar no paciente; evitar o contato físico com outros doentes e quando isso acontecer higienizar as mãos; evitar tocar em macas, mesas de cabeceira e equipamentos hospitalares e verificar se o médico ou enfermeiro que atende o doente faz a lavagem das mãos ou assepsia com álcool em gel, antes de examiná-lo.

Para os profissionais de saúde, o CFM recomenda redobrar a atenção com as medidas de higienização. As mãos devem ser lavadas frequentemente com água e sabão e higienizadas, preferencialmente, com preparações alcoólicas para as mãos (sob a forma líquida, gel, espuma e outras) ou com água e sabonete líquido. Todos os produtos devem estar devidamente regularizados na Anvisa.


Fonte: Paraíba 1

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